domingo, 4 de maio de 2014

Propensos Engenheiros

Por João Alves Júnior

Nessa nossa vida de estudante, não são raros os momentos que defrontamos com nossos limites, ou, até passamos a conhecê-los: a ansiedade diante de uma apresentação em público; a dificuldade para compreender uma matéria, ou termos e conceitos novos; a apreensão por um resultado; o próprio cansaço físico da empreitada de estudos conciliados com a vida profissional ativa. No entanto, é sábia a comparação do limite como fronteira, que, só se pode ir a novos lugares, quando a encontramos e temos a atitude de ultrapassá-la e seguir adiante.

Muitas coisas que nos foram difíceis quando criança ou há tempos, hoje, podem já nos ser tão fácies, que, nem precisamos de muito esforço mental para o fazer, de tanto que repetimos isso na vida - na verdade se tornaram automáticas - como andar, falar, dirigir etc. Algo que precisou ser aprendido pelo nosso consciente, tornou algo gravado em nosso inconsciente. É questão de tempo, esforço e disciplina.

A Engenharia, de fato, tem muito a nos ensinar e, principalmente, seus mestres e professores - e aqui faço menção direta aos meus. E não o digo apenas em razão de conteúdo didático e teórico, mas também em aprendizado de vida partilhado.

Em nossas últimas provas realizadas, referente ao segundo bimestre letivo do 3º período de Eng. Civil do INESP/FUNEDI/UEMG, um de nossos grandes professores (o mesmo que nos diz sempre em suas aulas que “fácil é o que você sabe, difícil é o que você não sabe”), disse o seguinte: “Engenheiro tem de saber tomar decisão”; e nos propôs um exercício de uma questão, que, poderíamos resolvê-la em casa e que, no dia da prova, poderíamos substitui-la por qualquer uma das questões da avaliação (de 6 questões) que tivéssemos dúvida enquanto sua resolução correta, mas, teríamos de ter certeza da escolha, pois a questão da prova assinalada para a substituição, mesmo que estivesse correta, não seria nem mesmo corrigida... E assim foi feito!

Aqui, não faz tanta diferença destacar, se, a escolha da questão substituída na prova por nós alunos, foi realmente acertada ou não, pois, a mensagem essencial que importa, é que quando formos realmente Engenheiros, precisaremos, de fato, saber o que estamos fazendo e ter certeza de nossas escolhas... Pois,  “Engenheiro é um cara que sabe cálculo, física, tem bom senso e sabe aplicar”.

Gostaria de manifestar minha solidariedade a todos os professores da Fundação Educacional de Divinópolis – FUNEDI/UEMG, que, a partir de Setembro de 2014 será absorvida pela Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, em razão de Lei Estadual já regulamentada. A permanência do atual corpo docente, principalmente os professores Engenheiros, no curso de Engenharia Civil é incerta devido às condições desfavoráveis oferecidas pelo Estado para suas permanências. Torço para a permanência do atual corpo docente, em especial, ao do nosso curso de engenharia civil que é composto praticamente todo, por mestres e doutores de enorme didática e experiência docente.


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